Manifesto

Há quantas gerações ninguém nos escuta? De quantos lugares nos apartam, por que nossas palavras não importam? E quantas dessas palavras nos roubaram, como se a autoria fosse de outro?
Nossas frases precisam ser ouvidas. Nossas ideias, trocadas. Nossos desejos, respeitados. E nosso valor, entendido para além de leis ou discursos. No trabalho e em casa, como mãe e como filha, sendo solteira ou casada, pelos homens, por outras mulheres e pela sociedade. 
Porque nossos caminhos se conectam, mesmo em diferentes fases da vida. E nossas dores e alegrias se parecem, nenhuma com menos valor do que a outra. Criando, no espelho, uma só figura que nos identifica.

A Fala Feminina existe para que nossas vozes ecoem e para que nos escutem.

No choro, na gargalhada, no desabafo ou no silêncio. Mesmo sentindo medo, coisa que não nos apaga a coragem. Viemos criadoras e criaturas da nossa história. Representamos mais da metade dos brasileiros. E se nos calamos um dia, agora é hora de contar quem somos.