Maternidade, Trabalho

Maternidade ou trabalho – precisamos mesmo fazer uma escolha?

Entre as tantas reflexões que a pandemia gerou ou reacendeu, uma delas é a dificuldade das mulheres em conciliar dois universos: maternidade e trabalho. Temos acompanhado chuvas de dados que provam por A+B que são as mães as mais prejudicadas nesse cenário. Em parte pela carga social que pesa sobre a mulher, em parte pela falta de habilidade das empresas em oferecer um ambiente conciliador para as funcionárias, o que ocasiona demissões ou abdicação do emprego.

Não é preciso uma análise profunda para saber que o principal ponto que faz com que muitas mulheres acreditem que não é possível conciliar as duas frentes é a culpa, resultado de uma cultura que ainda vigora de que a mulher é a cuidadora e o homem é o provedor.

“Maternidade exige bastante da gente. Os filhos exigem presença e atenção. Minha profissão exige que eu trabalhe bastante e às vezes perco coisas da vida em família e sou muito cobrada por isso.”

É o que afirma a técnica de enfermagem do Hospital Fêmina, Camile Nogueira. 

Para a jornalista da RBS Giane Guerra, a receita para enfrentar as oito horas de trabalho e as tarefas de mãe é “aceitando que não vai rolar fazer tudo e ficando em paz com isso”. A esposa do também jornalista Jocimar Farina, mãe da Atena e do Gael, afirma que, para ela, uma boa noite de sono, ginástica frequente e aceitar que o que não rolou hoje tem que ficar pra amanhã são questões essenciais de priorização.

Camila Dilélio, mãe do Benício, Bento e Vicente, tenta equilibrar os pratos para dar conta das demandas dos filhos e do trabalho. Com a pandemia, os pequenos passaram a “morar no trabalho”. Ou teria o trabalho invadido a casa dos filhos?

Para as gêmeas Taiana e Daiana, que deram à luz às suas filhas quase juntas, a maternidade tem sido uma tarefa dura. O trabalho tem papel fundamental na vida das mães de adolescentes, sendo que, uma delas, por ser a provedora da casa, abdicou de acompanhar o crescimento da filha para batalhar pelo diploma em Direito.

A advogada Raquel Stein, mãe de duas, conta que a maternidade a fez se dar conta de que ama estar com as filhas, mas também de quanto ama o trabalho. E que apoio é fundamental para as mulheres poderem ir em frente com seus objetivos profissionais e dar conta dos filhos. Só que o Covid-19 não tem facilitado nesse sentido.

O que todas têm em comum? O grande amor pela prole e a necessidade de seguir firmes no mercado de trabalho. Só que para algumas é uma simples decisão, para outras, uma necessidade. Confira, a seguir, o depoimento dessas mulheres sobre um dos grandes dilemas femininos. Mas, afinal, temos a obrigação de fazer uma escolha?


Camile Melo Nogueira, 37 anos anos, técnica de enfermagem, mãe do Vinícius, 23 anos, da Luiza, 7 e da Maria Beatriz, 3 anos

@melo_camile

“Lidar com os compromissos profissionais mais a maternidade não é fácil. Maternidade exige bastante da gente. Os filhos exigem presença e atenção. Minha profissão exige que eu trabalhe bastante e às vezes perco coisas da vida em família e sou muito cobrada por isso. Ao mesmo tempo, tudo vale a pena. Em função de amar o que faço, depois de muita luta interna, penso em fazer faculdade de Enfermagem, mesmo tendo outra profissão.

Como mãe, diria que o período da pandemia tem sido extremamente desafiador e estressante. Ter duas crianças em casa sem escola, trancadas, ter que cumprir os horários, chegar em casa cansada, auxiliar nas lições, ter que alfabetizar, ter paciência com a menor quando estou em atividades da maior, tem sido bem complexo.

Em função de ser uma profissional da saúde que trabalha diretamente com o coronavírus, há ainda o medo constante de trazer o vírus para dentro de casa. O menor dos meus medos é eu me contaminar. Meu maior stress é prejudicar minhas filhas e meu marido. A ansiedade e o medo são muito grandes. Precisei me isolar em alguns momentos, todas as vezes em que percebi que estava me expondo muito. Mandei minhas filhas pra casa da avó na praia, pra elas não terem contato comigo. Um momento bem difícil. Sentimos muito, pois nunca havíamos nos separado por tanto tempo. O emocional está extremamente abalado, não só meu, como de toda a família.

Já tive muitos momentos em que tive que dar um jeito nos meus filhos em função de trabalho. Muitas vezes tenho plantões a cumprir. Tive que correr, dar uma rebolada pra conseguir alguém pra estar com elas. E há reclamação de ‘tu tinha que estar aqui tal hora e não tá’.

Em função da ambição de dar qualidade de vida para meus filhos, quero fazer ensino superior na área em que atuo hoje. Para eles, desejo que sejam felizes e façam sempre escolhas conscientes.”


Camila Dilélio, 37 anos, jornalista, empresária, mãe do Vicente, 8 anos, e dos gêmeos Bento e Benício, 4 anos

@camiladilelio

“Não existe equilíbrio entre trabalho e maternidade. Na verdade, acho que não existe equilíbrio na maternidade. Maternar é amor, medo, euforia, culpa, alegria, tristeza, raiva, orgulho, cansaço, esperança, mais medo e preocupação e mais amor. Não há como equilibrar esses sentimentos, mesmo quando a mãe é do signo da balança. E colocando trabalho nessa história, os pratos pesam mais para um lado do que para o outro, sem a menor dúvida. Se formos falar em porcentagem, acho que a relação ‘mulher moderna’ e maternidade fica em 70% trabalho e 30% maternidade. Parece chocante – e é! Mas o que eu acredito que seria o modelo ideal para criar meus filhos está bem distante do meu dia a dia. 

Acordo com as crianças em cima de mim, disputando espaço com meu celular que começa o dia cheio de mensagens. Leio, respondo, faço mamadeira, arrumo as camas, aparto umas brigas, respondo outras mensagens, ligo um desenho na TV, piso em brinquedos enquanto caminho pela casa pensando no que responder no e-mail que acaba de chegar ou o que vou falar na próxima reunião. Em tempos de pandemia, essa porcentagem ficou ainda maior, porque as crianças moram no trabalho da mãe e ele nunca acaba. 

Estou sempre devendo algo para a escola. Sempre. Tenho ciúmes das mães que ficam na pracinha, que fazem os trabalhinhos. Fico triste. Eu faço isso nos meus 30% do tempo, mas agradeço por meus filhos terem irmãos e poderem se entreter uns com os outros, porque eu tô sempre devendo mesmo. Tento curtir o banho, os passeios de carro para ver o rio, que eles amam, a contação de história. Mas é pouco tempo. Certeza. Quando eles dormem, rolo a câmera do celular e vejo que o tempo está voando. Sinto saudade deles bebezinhos – dos três, e também tenho a sensação de que não sei onde eu estava quando tudo passou tão rápido. 

No fundo eu acho que eles vão crescer sabendo que fiz o meu melhor. O que pude. Amo meus filhos mais que tudo no mundo e, por mais louco que possa parecer, amo também meu trabalho. Acredito que seria melhor existir equilíbrio entre as duas coisas, mas não vejo como. Não foram poucas as vezes em que precisei sair de casa querendo ficar. Mas também foram muitas as vezes em que trabalhar foi meu descanso. Eu amo ser mãe e, mesmo com culpa e desequilíbrio, eu gosto da mãe que eu sou. Ela me lembra a mãe que eu tive e que muito me inspirou e inspira. Minha mãe, equilibrando os pratos da sua balança materna, sempre me transmitiu força. E eu sei que nunca foi fácil para ela também. Mas ela fez parecer que sim e eu prefiro seguir a mesma linha. Com gêmeos mais um, aprendi a fazer tudo com eles juntos. Durmo bem pouco, mas consigo. Não é o ideal, mas é o possível. Sorte que dá para desligar a câmera e o microfone durante as reuniões, fechar a porta e contar com Deus até a reunião encerrar! Deus não, Deusa! Porque ela sempre dá uma forcinha para gente.”


Giane Guerra, 40 anos, jornalista, mãe do Gael e da Atena

“Quem sou eu? Jornalista de economia da RBS, onde estou há 20 anos. Ou seja, metade da vida.  Esposa do Jocimar, colega de trabalho que conheci quando ainda éramos estagiários. Mãe da Atena e do Gael, o melhor que essa vida me deu. Filha do Heron, da Guiomar e irmã do Renan. Uma mulher que gosta de dança flamenca, dança de salão, de ginástica natural, de seriados, de maternidade, de bate-papo com as amigas, de natureza, de saber que a família está perto, de uma rede para deitar, de uma rede social para assuntar com leitores e ouvintes, de cheiro de terra molhada.

Para equilibrar a jornada de oito horas com a maternidade, eu aceito que não vai rolar fazer tudo. E que tudo bem chegar à noite e repassar o que não dei conta para o dia seguinte da agenda. Mas ficando em paz com isso. E, se não estou em paz, faço uma calibragem para ajustar. A priorização é um exercício permanente, e ser mãe de duas crianças de idades bem parecidas, me ensinou a fazer isso de forma rápida e efetiva. Essencial também ter um marido como o Jocimar e um parceiro de trabalho como o Daniel Giussani. Também faço questão de cozinhar o alimento da família, de fazer minha ginástica natural três vezes por semana, de passar pelo menos um dia perto da natureza e de dormir bem. 

A minha vida profissional me ajuda a ser o tipo de mãe que eu sou com as crianças. O conhecimento que eu tenho é usado também para elas, para ensiná-las e inspirá-las. Ao mesmo tempo, acho que melhorei como profissional depois de ser mãe. Mais madura, mais compreensiva, mais serena em alguns momentos, mais indignável em outros, além de aprender a priorizar e assumir que não dá para fazer tudo. Em relação ao tempo, quando vejo que está desequilibrado, eu calibro e bola para frente. Sem sofrência.  

Eu sempre contei com uma rede de apoio incrível e trabalho em uma empresa bem compreensiva. Mas, em muitos casos, a situação é bem complexa. Depende do suporte familiar, depende da capacidade que a mulher tem de se mover no mercado de trabalho em busca de uma posição melhor, depende da situação financeira da família.  Os meus pais ajudam muito. Minha mãe cuidou dos meus filhos por mais de cinco anos para que eu fosse trabalhar. Chegava na minha casa às 6h30min todos os dias. Antes da pandemia, levava meus filhos para a escola para que eu não fizesse correria de carro. A casa dos meus pais é onde eu tenho confiança de deixar meus filhos, que não queriam nem voltar para a aula presencial da escola para continuar vendo os avós, dado o vínculo que se formou. Mas, com a situação atual de pandemia, meus pais estão com receio até de pegar elevador. O que me angustia pelo que estamos vivendo, mas me tranquiliza pelos cuidados que tomam.”  


Raquel Stein, 39 anos, advogada, mãe da Maia, 6 anos, e da Clara, 1 ano

@raquel_stein

“A Raquel é uma mulher feminista, advogada mãe, incrivelmente copo meio cheio, apesar de tudo. Uma pessoa com outlook positivo sobre a vida. Mesmo sendo feminista e sabendo todos os dados sobre isso sou uma pessoa que quero fazer isso mudar. Sou uma pessoa apaixonada pelo meu trabalho, por pessoas. Sou bastante organizada. Até demais para certos aspectos. A maternidade não foi surpresa, foi algo bem planejado, querido, mas por mais que a gente planeje, ela nos desorganiza de uma forma mais profunda. Não tô aqui falando de sono e horários, mas de prioridades e a forma como a gente enxerga certas coisas. Eu me lembro, quando minha filha mais velha nasceu, eu tinha muito leite. Lembro que ela devia ter um mês, e eu mandei uma proposta para um cliente. Fiquei tão feliz de mandar aquilo… Então acho que a maternidade me fez dar conta que amo estar com minhas filhas, mas também de quanto amo meu trabalho, as atividades que eu faço.

Um ex-chefe machista perguntou: ‘agora tu estás se sentindo completa?’ Eu respondi: ‘olha, esta parte de mim está completa, mas a outra, a profissional, sempre foi.’ Então, sem dúvida, a maternidade preenche algo que eu queria muito, mas não tudo. Não é algo avassalador, que derruba o resto. Não é uma questão de prioridade A versus B. 

Minha filha mais nova nasceu em setembro de 2019.  Eu voltei de licença e tinha sido nomeada sócia de capital. Na Souto Correa funciona assim: tu és nomeada sócia em um ano, e no ano seguinte tu tens que bater certas metas para virar sócio de capital. Tudo isso aconteceu quando estava voltando da licença, em março, na pandemia. Então foi especialmente intenso. Eu pude bater a meta graças ao time que eu tenho e o trabalho que eu fiz, mas era interrompida, e a gente aprende a ser produtiva desse jeito. Não tenho dúvidas de que teve impacto muito significativo. Quem diz que dá pra fazer tudo está mentindo. 

Na primeira filha, estava bem no furor de estudar temas feministas e mulheres, eu tinha tanta certeza que era um menino… Acho que é porque eu não queria que minhas filhas passassem por aquilo que eu passo, e eu sei que elas vão passar. Então, por mais que eu seja uma pessoa positiva e que, de alguma forma, alguns resultados foram positivos, eu sei que não é fácil e que não se faz sem um suporte muito grande. 

Não ter uma uma rede de apoio foi o que nos quebrou na pandemia. Tira escola, apoio da vó, da tia, da dinda, quebrou. Eu tenho sorte que consegui contar com parte da minha rede de apoio. Eu e meu marido nos dividimos aqui, mas é algo importante pra se dizer sobre maternidade. Eu acho que se tu não amas aquilo que tu faz, não tem como conciliar carreira e maternidade. 

Nunca vou me esquecer, num antigo escritório, eu estava saindo de licença e uma colega disse: “Raquel, fica tranquila, me manda o que precisar que quando eu tirar licença eu sei que tu vai fazer isso por mim. Quanto mais a gente tiver isso acontecendo, mais vai ser possível”. Não é possível sozinha. Se tivesse que dizer algo pra Raquel mãe, seria “Raquel, não é possível fazer tudo sozinha”. Para a Raquel profissional, seria “peça ajuda”.

Tem um livro da Wendy Zuckerberg, irmã do Mark Zuckerberg do Facebook, que diz que todos os dias de manhã ela pensa: ‘saúde, família, amigos ou trabalho, escolha três’. Na pandemia, deveriam ser dois. Cada dia, tu vai no máximo poder fazer duas coisas. 

Tem outro livro que gosto muito que é I know how she does it, que fala sobre isso. Se olharmos pro tempo como uma semana e não um dia, aí sim a gente consegue conciliar. Vai ter dias, talvez até semanas, como a que passou, em que eu trancava a porta do meu gabinete, baixava a cabeça e trabalhava, fazia de conta que não escutava as crianças chorando e pedindo por mim (elas estavam com a babá), porque eu precisava me concentrar. Na semana anterior, eu consegui me dedicar muito a elas, parei uma hora pra brincar durante à tarde. Eu tento olhar sobre a questão do equilíbrio quando bate aquela culpa dessa forma, mas nem sempre é fácil. A culpa materna eu tento não ter, mas é uma coisa tão socialmente prevista. Quando tu estás grávida as pessoas já perguntam: ‘como vai ser? O que tu vai fazer?’ Já presumem que não vai ser possível, ou que vai ser um desafio, de certa forma a gente já presume ou internaliza isso.

Estou falando da posição de uma mulher branca, extremamente privilegiada, com rede de apoio paga e não paga, então tenho uma situação que é diferente da de uma mulher negra, uma pessoa sem condições, LGBT, que enfrenta outros desafios. Isso não torna menos real o que acontece, mas eu tenho que chamar atenção sobre esse privilégio que eu tenho. Por isso que pra mim, dentro do WLM-BR [Women In Law Mentoring Brasil], associação da qual faço parte, tento de alguma forma give back. Entender que tenho esse privilégio e tentar dar pra sociedade, gerar mulheres líderes. Esse assunto acho que é importante também. Meus problemas certamente não são os mesmos.”


Taiana Alencastro, 37 anos, analista de escritório de advocacia, mãe da Piettra, de 12 anos

@taiaalencastro

“Lidar com compromissos profissionais e maternidade é uma tarefa puxada e maçante, mas no final, vendo nossos filhos crescendo e se tornando responsáveis, tendo aprendizado, visão diferente do mundo, tudo é recompensado. Na área em que trabalho a maternidade não é nenhum problema. Hoje em dia a sociedade está visando o bem estar da mulher. Isso evoluiu em relação à história do que minha mãe passou comigo e minha irmã gêmea.

O primeiro ano de pandemia foi mais estressante por não ter internet, cair internet, por ter ‘n” tarefas trabalhando em casa, por atender às demandas do colégio. Mas agora está um pouco mais fácil, pois estamos tentando nos adaptar com os novos tempos que infelizmente estamos enfrentando neste momento.

Como mãe, tento sempre mostrar o que há de melhor que devemos tirar de cada um. Quero que minha filha cresça sabendo diferenciar o que é certo e errado, vendo o lado bom das coisas e sem se deixar levar por influências que possam ser negativas no rumo que ela seguir. Também que ninguém é melhor que ninguém. Temos que respeitar o mendigo que mora na rua, o idoso, a criança, o ser humano. A conversa que a gente tem é sempre muito aberta. Meu sonho é que ela seja uma mulher realizada profissionalmente e pessoalmente, e que ela seja feliz.


Daiana Alencastro, 37 anos, advogada, mãe da Gabriela, 13 anos

@daiaalen

“Pra mim, foi difícil no começo ser mãe, trabalhar e estudar. Não vi minha filha crescer. Não pude acompanhar ela, mas para garantir o futuro dela. Sei que fui ausente, por necessidade. Hoje eu não me arrependo por ter escolhido esse caminho. Eu via ela só de noite e de manhã quando levava pra creche. Mas, se não fosse isso, provavelmente hoje eu não teria todo o respaldo que eu tenho.

Sou suspeita para falar sobre carreira porque amo trabalhar. Gosto de reconhecimento, de aprendizado, do ambiente de trabalho. Mas também gosto de estar com minha filha. Amo ser mãe, mas não seria dona de casa. Me vejo e sempre me vi no mercado de trabalho. 

Quando chego em casa e nos finais de semana, tento me dedicar a ela. Já tive que trabalhar e deixar minha filha, graças a Deus com minha mãe que pôde suprir minha falta necessária, porque eu era a provedora. Não era o que eu queria, mas era necessário.

A minha maternidade foi um pouco conturbada no início por eu estar separada do pai da minha filha. Mas eu tenho uma visão de que a mulher consegue e não precisa do homem. 

Estou em uma caminhada longa de trabalho e estudo que eu gosto muito. Quero poder dar o melhor pra mim e pra minha família. Estou lutando pra conquistar meu local de moradia, meu veículo. E quero sempre estar próxima da minha filha, como uma pessoa confiável e amiga. Quero que ela seja independente e que saiba que sempre estarei ao lado dela.” 

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