Quem é mãe sabe que se paga um preço alto pela chegada de um filho, no sentido literal e no não literal. Vivemos coisas que ninguém é capaz de nos contar. Nem nossas próprias mães. Talvez porque, dos múltiplos sentimentos e experiências, o que realmente fique são as coisas boas. E dar a luz, acompanhar o desenvolvimento de uma criança, depois os avanços e percalços da adolescência e da vida adulta é algo de uma beleza inigualável, quando dentro do que se diz padrão de normalidade”, claro. É amor, doação, entrega total. Na maioria das vezes, nos entregamos tanto, que jamais voltamos a ser as mesmas. Ainda assim, enfrentamos todos os dilemas de uma sociedade historicamente patriarcal.

Diante de tantos conflitos internos e externos, existem mães que amam incondicionalmente seus filhos, mas odeiam ser mães. Sofrem discriminação, porém, não mentem e pedem compreensão, empatia e principalmente transparência sobre maternidade. 

Existe uma mística de que mãe e mulher não são compatíveis. Mãe não faz sexo, quem faz sexo são as mulheres. Onde está a origem disso? Na igreja católica, quando a Virgem Maria fica grávida de Jesus, ela fica grávida porque um anjo apareceu, engravida sem fazer sexo. Ela não tem culpa, é uma mãe imaculada. Então, na cabeça das mulheres, temos mães imaculadas como a Virgem Maria, mulheres que fazem sexo são como a Maria Madalena que é a mulher livre, solteira e que não tem filhos. Esses arquétipos fazem parte do nosso imaginário. A mulher que faz sexo, é livre, não casa e não tem filhos é uma mulher que “não presta”.

“Crianças, mãe faz sexo sim”. Goza, se diverte, ri, sofre, chora. Ser mãe é só um de tantos papéis assumidos pela mulher. É a missão que mais exige, expõe as vulnerabilidade, debilita, atormenta. Ao mesmo tempo, é a mais importante, pois é a origem, a continuidade da nossa espécie, esperança de transformação da sociedade. Só que é um peso que não pode, nem deve ficar apenas no colo das mulheres.

Com diferentes maneiras de viver a maternidade, conheça um pouquinho das experiências da Bianca, da Dóris, da Lurdete, da Lara, da Márcia, da e da Karina. Elas serão as primeiras de muitas mulheres que passarão por aqui para falar sobre ser mãe. Maternidade, alias, será uma editorial fixa da Fala Feminina. Certamente vamos nos reconhecer nessas histórias!

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Expediente da edição #1

Maria Augusta Medeiros – coordenação editorial
Tatiele Prudêncio – jornalista
Tamy Yasue – editoração gráfica
Três Comunicação – redes sociais