Quem faz a fala
Fátima Torri
Jornalista sagaz, mãe atenta, empresária amiga, amiga presente e mulher decidida, Fátima Torri é aquela que não fez o que os outros queriam. Uma gringa arretada sem ser nordestina, porque entende que as mulheres, mesmo em terras áridas, florescem o próprio destino. Menina de Santa Maria, lá onde fica a boca do monte, ela espreitava conversas e juntava histórias da mãe, da avó e das tias. Já em Porto Alegre, pariu dois homens, um deles à frente da FTcom, uma das mais respeitadas assessorias do Rio Grande do Sul, atendendo clientes de atuação internacional. Com dedo em riste, risada solta ou olhando fundo, Fátima Torri é intensa e calma ao mesmo tempo. Fátima tórrida, às vezes, defensora do que pensa e perguntadeira de nascença. É a chefe mais divertida da reunião, a fornecedora mais séria das empresas. Que troca ideias, conhecimento e opinião sem colocar preço nisso. Para aprender e ensinar. Inspirar a tantos e se inspirar em muitos. Defender a inclusão e as mudanças na sociedade. Como faz, desde 2020, na Fala Feminina, plataforma criada para dar voz e escutar as brasileiras. Um espaço seguro e inclusivo, onde ser mulher basta. Porque isso é mais do que se imagina.
Bárbara Silva Viacava
“É muito difícil definir quem sou. Mas se quem sou é aquilo que faço no dia a dia, sou isso: mãe de duas crianças, uma pessoa acelerada que gosta de fazer milhares de coisas, é no contato com a natureza onde diminuo o ritmo, sou curiosa por aprender mais do mundo. Leitora, escritora, poeta, fotógrafa. Acredito que a comunicação pode transformar o mundo externo e interno, e diariamente essa é minha intenção.”
Renatha Jotz
“Sou artista e comunicadora. A artista dança e desenha desde pequena, e hoje estuda cinema. Ela é meu lado mais vulnerável, mas também o mais corajoso. A comunicadora era só uma sementinha que eu encontrei quando entrei no jornalismo. Descobri uma vontade de conhecer as histórias da minha cidade, das pessoas ao meu redor. No jornalismo me sinto constantemente provocada a pensar mais, pensar diferente e entender diferentes pontos de vista.”
Susana Terra
“Sou mãe, aposentada e sempre tive a certeza de que nós, mulheres, precisávamos de espaço, por isso a Fala Feminina me representa. Gosto muito de saber o que outras mulheres pensam sobre esse mundo feminino que é, em muitos aspectos solitário, e que em um espaço para nos expressarmos e melhor entendido, trazido à luz. Precisamos muito ser ouvidas e ouvir outras mulheres. O espaço nos recebe com essa porta por onde podemos entrar, sentar, ouvir e falar”.
De onde vem a Fala Feminina?
A Fala Feminina surge da inquietação de Fátima Torri desde criança ao observar as diferenças entre os mundos masculino e feminino. Inquietação que seguiu em todas as fases de sua vida, que segue até hoje. Por que as mulheres andam sempre de cabeça baixa? Seja pra cozinhar, pra varrer, pra lavar louça, pra amamentar. Seria permitido a elas olhar o mundo de frente? Por que se colocam apenas em lugares de submissão, subalternos?
Deslocada, inadequada, fora do padrão, como se não fosse desse mundo. Assim Fátima sempre se viu. E, com o tempo, percebeu que muitas outras mulheres se sentiam da mesma forma, mas exercitavam estar dentro desse lugar que não era delas, em um pseudo conforto.
Com o acúmulo de questionamentos guardados ao longo da vida, Fátima resolveu dar voz às mulheres que, assim como ela, se sentem inadequadas no mundo. Que querem perguntar, debater, revolucionar. As estrangeiras do status quo.
Com vocês, todo poder de múltiplas e plurais Falas Femininas!