O que você gostaria que tivessem te dito sobre a maternidade? Que não há receita, bula, nem curso. Nada que a gente possa ler ou mesmo ouvir é capaz de nos preparar para ser mães. Inclusive, há coisas que não nos contam e que poderiam servir de alerta, pelo menos. Deve ter alguma razão para isso, não é mesmo? Seria não desencorajar?
Quando se mergulha num oceano tão imenso e profundo como esse, por muitas vezes se corre o risco de afundar ou se perder, tamanho choque, pressão, doação e peso na consciência. As mães, em muitas circunstâncias, se tornam o exército de uma mulher só, mas quando conseguem retomar o fôlego, podem enxergar que por mais solitário que maternar possa ser, tem muita gente que já passou pelas mesmas coisas, ou que está passando nesse exato momento. E quase toda mulher sobrevive.
Assunto não falta sobre maternidade. O parto, a amamentação, o baby blues, o puerpério, as espinhas, as manchas na pele, a queda de cabelo, as cáries, a solidão, a tristeza, o amor que brota, o estranhamento do próprio corpo, fazer xixi nas calças quando se ri. Ou ainda entender que você não vai mais conseguir dar conta de tudo sozinha, a importância de uma rede de apoio, o valor de um bom banho, e que não, a maternidade não é um mundo perfeito como somos acostumadas a ouvir desde crianças. Tem pano de sobra pra manga.
Convidamos a Thais Vilarinho, autora do best-seller Mãe Fora da Caixa; a cantora Vanessa, da dupla Claus e Vanessa; a empresária Gabriella Bordasch; e a jornalista Maysa Bonissoni para nos responderam a seguinte pergunta: “O que ninguém me contou e eu gostaria que tivessem me dito sobre a maternidade?”
Thaís Vilarinho (@maeforadacaixa), de 42 anos. Mãe do Matheus de 13 anos e do Thomás de 10 anos. Autora do livro best-seller Mãe Fora da Caixa e do livro: Mãe Recém Nascida. Seu livro inspirou a peça: Mãe fora da Caixa
É também colunista da Revista Crescer.
“Eu gostaria que tivessem me falado sobre o lado desafiador, sobre as questões do início, como baby blues, a vontade de chorar, sobre a saudade da vida de antes. Certamente eu gostaria que tivessem me contado de tudo isso porque poderia ter sido mais leve. Ao contrário do que pensam que falar sobre a parte difícil pesa, eu acho que dá leveza, a gente poder trocar sobre esse assunto.
Há 13 anos, quando ganhei meu primeiro filho, não se falava sobre o “lado B” da maternidade e hoje a gente já consegue trocar sobre esse assunto de uma forma verdadeira”.
Vanessa Uflacker (@clausevanessa), 41 anos, é mãe da Olivia, de 7 anos, e do Gael de 10 meses. Cantora – Dupla com o marido Claus.
“Eu sabia que tudo seria novo e que nada seria fácil, a não ser amar aquela criaturinha que estava chegando… mas talvez a amamentação ainda seja um tabu entre as mães e percebo que isso também é uma dor nossa!
Amamentar, ao contrário do que pensamos, não é intuitivo. Amamentar é treino, é tentativa e erro, é doação! Talvez se tivessem me preparado antes com informação não teria sido um desafio tão grande. Vejo muitas prováveis lactantes desistirem por falta de apoio. Minha dica de mãe pra mãe: procure uma consultoria de amamentação ainda gestante para ter uma das melhores experiências da vida!”
Gabriella Bordasch (@gabriellabordash), 35 anos, é mãe da Joana de 3 anos e meio e da Tereza de 1 ano e 9 meses. Empresária e dona da Daterra Studio.
“Ninguém me disse que a maternidade ia me desenvolver espiritualmente. Ao observar as minhas filhas eu vejo que são pura essência. E elas que me ajudaram a entender quem eu sou nesse mundo. Não preciso agradar ninguém. E sendo pura como elas, minha vida flui de uma maneira muito mais leve.”
Maysa Bonissoni (@maysabonissoni), 42 anos, é mãe da Olívia de 10 anos e do Stefano de 8 anos. Jornalista, mestre de cerimônias, idealizadora do @naoemahideia.
“O que existe muito acerca da maternidade é um certo romantismo exacerbado, digamos assim. Muitas mulheres pintam a maternidade como sendo algo pleno, algo em que não há problemas, que não há conflitos, dando a impressão que tudo será perfeito, que o bebê não vai chorar, que tu vai poder dormir a noite toda, que o romantismo com teu marido será sempre o mesmo, que não há perrengues, que cólica passa…
Mas a verdade é que existem mães que o filho vai dormir a noite toda desde o início, que não vai ter cólica, que vai conseguir amamentar desde o primeiro momento que tentar. Mas a gente não nasce uma mãe pronta, as descobertas acontecem aos poucos e não é fácil não, pelo menos pra mim não foi.
Só com o passar do tempo tu vai conhecendo teu filho, tu vai entendendo os sinais, vai aprendendo com ele e ele contigo, e essa relação é de um amor que só cresce. O amor que a gente sente por um filho, vai crescendo junto com ele. Uma vez ouvi uma frase e nunca mais esqueci: a maternidade é como vídeo game: a próxima fase é sempre mais difícil. A maternidade é algo mágico, mas ao mesmo tempo desafiador”.
E você, o que gostaria que tivessem te dito sobre a maternidade? Deixa o seu comentário!
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