A educação das crianças: como educá-las na primeira infância?

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A educação das crianças é um assunto que toca profundamente as pessoas, porque sabemos que é através dela que teremos oportunidades de garantir um futuro melhor – por isso, trago a reflexão para a primeira infância, onde tudo começa.

Não sabemos como será o mundo no futuro: teremos de educar nossas crianças para esse mundo, dando mais importância ao brincar e à criatividade. Brincando os pequenos aprendem sobre o mundo, praticam a resolução dos problemas e desenvolvem a criatividade. As crianças têm a capacidade de inovar, pois não tem medo de errar, assumem riscos, são livres de pensamento.

Quando fazemos uma pergunta para uma criança e ela não sabe o que dizer, não é incomum que elas chutem a resposta, inventem ou errem. Mas errar faz parte, afinal, se você não errar, nunca vai ter uma ideia original. Infelizmente, muitas crianças tornam-se adultas com muito medo de errar e assim tocam seus trabalhos e empresas, estigmatizando os erros – e com isso vamos formando pessoas desprovidas de criatividade.

Na primeira infância, o que compreende até os seis primeiros anos de vida de uma criança, o cuidar faz parte do educar e não me ocorre pensar em educar, ensinar, que não passe por estar com. Cuidar e educar passam pela convivência, pela intimidade, por estabelecer regras e limites. Além disso, a valorização da espontaneidade, da curiosidade e do pensamento divergente. Ken Robinson, Ph.D e professor emérito de educação da University of Warwick, no Reino Unido abordava isso muito bem.

“Todas crianças nascem artistas” disse Pablo Picasso.

O difícil é continuar sendo artista quando crescemos. Quem nunca ouviu algum comentário sobre estudar música? “Não faça música! Fazer para quê?”; “Você não vai ser músico!”; ou “Não faça arte, você não vai ser artista.”

Como educadora, proprietária da Escola de Educação Infantil  Caracol de Porto Alegre, há mais de 30 anos e curadora de arte, observo que a nossa inteligência é maravilhosamente interativa. Quanto maior for o repertório oferecido às crianças com contato com outras crianças, com a natureza, além de livros, desenhos, pinturas, músicas, brincadeiras, representações que estimulem o jogo simbólico, mais repertório subjetivo elas terão.

Cuidar da capacidade criativa das crianças, estimulando-as e não apagando isso, pela riqueza que isso representa, é mais do que necessário, pois são as crianças que educamos hoje que representarão o futuro – e a nossa tarefa é educá-las em sua totalidade, preparando-as para o amanhã. (Talvez nós não vejamos esse futuro, mas elas verão e é nossa tarefa ajudá-las a tirar proveito disso.)

 

Valesca Karsten

Educadora, pesquisadora, idealizadora do podcast PodeMãe.

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