Já ouvi de várias mulheres negras que só descobriram o racismo quando saíram de seus bairros, de suas comunidades. E isso afetou o jeito que passaram a ver o mundo. A alegria de cantar com os familiares e vizinhos, as trocas entre as famílias, deram lugar ao recolhimento, experimentando uma visibilidade culpada.
Muitas que conseguiram entrar no mercado de trabalho conseguiram vencer, com muita luta uma parte considerável do tratamento dispensando para as mulheres negras.
Li uma matéria de relato de mulheres que contavam como eram excluídas no mercado do amor. Se fossem negras com traços brancos tinham maior facilidade de serem escolhidas. As consideradas feias, definidas pelos padrões sociais, tinham dificuldades de iniciar relacionamentos. E as gordas, nem cogitavam competir.
Mas, há as que conseguem erguer-se. Muitas ajudadas por outras mulheres.
É o caso da psicóloga e consultora Andreia Mazarem. Com a presença afetiva da mãe, Helenita, da professora Valéria nos primeiros anos da escola e da avó, dona Morena ela foi criando capacidade de resiliência e manteve em dia a autoestima, a coragem de lutar. Como faz até hoje. Vale a pena saber mais vendo este vídeo:
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